Pesquisar este blog

terça-feira, dezembro 11, 2007

DESPETALANDO. Charles Fonseca. Poesia.

DESPETALANDO
Charles Fonseca

Quanto tempo não fui pai
Tantos filhos que não tive
Afetos que não obtive
Minha vida se esvai

Como a névoa da manhã
Pós a treva como o orvalho
Despetala flor do galho
Adormece a sorte vã

De esperar ao sol poente
Já em prata pêlos cãs
Acorda a esperança chã
De filhos ter novamente

Agora porém como netos
Meus quem sabe adotivos
Vão-se as paixões pelos idos
Vêm-me amores tão ternos!



2 comentários:

  1. Caro Charles:
    Gostei muito de suas poesias, especialmente desta. Expressa ternura na consciência do tempo que nos mostra a distância do caminho não percorrido e as flores perfumadas que estão à beira do caminho vivido.
    Maria Inês - Jundiaí - SP

    ResponderExcluir
  2. Oi Maria Inês. Grato pelo elogio. Mas a verdade é que já havia me esquecido desta apesar de recente...

    ResponderExcluir